Um ano após ter lançado o projeto The Good Growth Plan, na Suíça, a Syngenta atualizou os dados do programa, que engloba seis compromissos para contribuir com a segurança alimentar no mundo, em evento realizado nesta quinta-feira (25.09), em São Paulo. O plano inclui o aumento da produtividade agrícola em 20% com eficiência dos recursos, rejuvenescimento do ecossistema e fortalecimento das comunidades rurais. A meta é atingir os objetivos até 2020.
A Syngenta estabeleceu uma rede global com 893 propriedades de referência e 2.673 fazendas benchmark. Dessas, 140 estão no Brasil. As fazendas estão adotando protocolos de cultivo personalizados para alavancar a produtividade sem o uso de mais terras, água ou insumos, destacou o diretor de Assuntos Corporativos Brasil da Syngenta, Leandro Conti.
“O plano da Syngenta foi lançado para fazer uma conexão entre o mundo rural e o mundo urbano. Para fazer isso, a empresa assumiu seis compromissos no mundo todo, inclusive no Brasil e para entregar este objetivo nós vamos aumentar a produtividade, com sustentabilidade, cuidando das pessoas que estão no meio rural”, frisou.
Durante o evento, um fórum foi realizado para discutir o uso da tecnologia na agricultura e segurança alimentar com diversos representantes e especialistas em agronegócio.
Entre os palestrantes estava o chefe do escritório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic. O representante destacou a contribuição do país, justamente em 2014, no Ano Internacional da Agricultura Familiar.
“O Brasil não é mais um problema endêmico em relação à fome. Além disso, é um país exemplo de políticas públicas para agricultura familiar devendo levar o seu modelo adotado para o mundo todo”, salientou. As ações levaram o Brasil a sair do mapa da fome em 2014, segundo relatório divulgado pela FAO, comemorou Alan Bojanic.
No Brasil, a agricultura familiar produz em média 40% de alguns dos principais cultivos usando menos de 25% das terras.
Porém, Bojanic reforçou que o Brasil precisa ajudar os países africanos a produzirem mais alimentos, pois a cada quatro pessoas na África, uma sofre de fome crônica sem ter nada para comer regularmente, concluiu.