O dólar abriu em alta nesta terça-feira (26), mas continuava abaixo de R$ 2,60, como nas últimas três sessões. Investidores seguem atentos à decisão do Federal Reserve, na quarta-feira, à espera de sinais de quando os juros começarão a subir na maior economia do mundo. O mercado ainda reflete as expectativas de maior liquidez global e rigor fiscal no Brasil.
Às 9h30, a moeda norte-americana subia 0,22% frente ao real, cotada a R$ 2,5971.
Economistas em pesquisas da Reuters vêm mantendo sua projeção de que o aperto monetário terá início em meados deste ano, mas uma série de indicadores econômicos fracos tem alimentado, nos mercados financeiros, apostas de que isso poderia acontecer mais tarde.
"Se o Fed mantiver o mesmo tom das últimas reuniões, pode haver uma decepção no mercado", disse à Reuters o operador de uma corretora nacional.
"O mercado parece estar cada dia mais tranquilo", disse à Reuters o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.
Nas últimas sessões, o apetite por ativos brasileiros vem sendo alimentado por expectativas de que parte dos recursos injetados na economia europeia pelo novo programa de compra de títulos do Banco Central Europeu (BCE) migre para o Brasil, em busca de rendimentos elevados.
As medidas de ajuste fiscal adotadas desde o fim do ano passado também têm agradado investidores e contribuído para tirar o dólar da casa dos R$ 2,70 e trazê-lo abaixo de R$ 2,60.
Nesta manhã, o BC dá continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, ofertando até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólar, com vencimentos em 1º de setembro e 1º de dezembro de 2015.
O BC faz ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, que equivalem a US$ 10,405 bilhões, com oferta de até 10 mil contratos.
Na véspera, a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 2,5905, em alta de 0,06%.