Enquanto os produtores de Minas Gerais estão felizes com o preço do milho e do feijão, no Paraná, a situação é diferente.
A estratégia é segurar a maior parte dos grãos colhidos agora para vender mais pra frente, quando o mercado estiver desabastecido e o milho e a soja valerem mais dinheiro.
Agricultores otimistas, esse é o clima nas lavouras do Paraná.
A soja já começou a ser colhida e apesar do pessoal estar com medo que a chuvarada que caiu no início do plantio atrapalhasse os planos agora, não foi o que aconteceu.
Nesta safra de verão, o Paraná deve colher quase 20 milhões de toneladas de grãos, entre milho e soja, um recorde. Metade da produção é comercializada no mercado interno, vira óleo e farelo, e a outra metade vai para exportação.
Apesar da expectativa de boa produção, os preços estão mais baixos este ano. Na safra passada, na região oeste do Paraná, a saca de 60 quilos de soja estava sendo vendida por R$ 61, enquanto este ano, ela vale R$ 53,50 com a mesma quantidade.
Por causa disso, hoje, em todo o Paraná, apenas 30% da safra de verão, que é colhida até o fim do mês de março, sai do campo e é negociada imediatamente. Os outros 70% ficam estocados entre três e seis meses.
Os produtores rurais preferem segurar a venda dos grãos, pelo menos, até o segundo semestre, quando normalmente o preço do milho e da soja costuma ser mais alto no mercado internacional.
De olho em melhores preços nas negociações futuras, Laurindo Tasca investiu R$ 1 milhão para construir um armazém de 1,5 mil metros quadrados. “Eu já vinha planejando e no momento oportuno procuramos um financiamento e estamos finalizando”, conta.
Com o novo espaço, o prsegredo para uma boa negociação.odutor vai aumentar em 4,5 milhões de toneladas a capacidade para estocar os grãos e com o produto e a experiência em mãos, ele diz que a paciência é o maior segredo para um boa negociação.