O trigo se mantém em alta, impulsionado pela baixa oferta de cereal de boa qualidade e pelo preço mais alto do produto importado. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
“Compradores também estão atentos ao elevado patamar do dólar, que aumenta a paridade de importação e, consequentemente, impulsiona as cotações internas”, diz o Cepea, em nota.
De acordo com os pesquisadores, moinhos de Santa Catarina, que estavam fora do mercado há algumas semanas, retomaram as compras para repor estoque. No Paraná e no Rio Grande do Sul, parte da indústria está abastecida e a oferta do grão é restrita. Sendo assim, produtores não estão interessados em negociar neste momento.
“Apesar de o dólar estar alto, a baixa oferta nacional de trigo de qualidade pode elevar as importações. No entanto, os preços do trigo importado estão superiores aos valores do produto nacional”, diz a nota.
Na segunda-feira (6/4), o indicador do Cepea para o trigo do Paraná chegou a R$ 670,74 a tonelada. Nos primeiros dias deste mês, a alta acumulada já é de 1,43%. Em março, o indicador registrou valorização de 15,85%.
Situação semelhante é verificada no indicador com base no trigo do Rio Grande do Sul que, na segunda-feira, chegou a R$ 535,44, acumulando valorização de 1,4% nos primeiros dias de abril. Em março, a alta foi de 4,66%.