A volatilidade continua acentuada no mercado internacional da soja. Depois de fechar a sessão anterior com altas de dois dígitos, os principais vencimentos, nesta manhã de sexta-feira (5), trabalhavam próximos da estabilidade, com oscilações menos intensas.
Assim, por volta das 7h30 (horário de Brasília), as posições mais negociadas perdiam entre 0,50 e 1 ponto, com o vencimento novembro/15, referência para a safra do Brasil, valendo US$ 9,23 por bushel. O mercado caminha de lado na manhã de hoje, em busca de estabilidade após o expressivo avanço registrado na sessão anterior.
O foco dos negócios está direcionado às previsões de mais chuvas para regiões importantes do Corn Belt, onde as precipitações poderiam, de acordo com às ultimas indicações, se intensificar e continuar no período dos próximos 6 a 10 dias. E, caso esse quadro se confirme, o plantio da soja nos EUA poderia se atrasar e a perspectiva, segundo analistas, oferece algum suporte às cotações.
Paralelamente, os traders estão atentos ainda ao comportamento do dólar - que mais baixo favorece o avanço das cotações - e às informações da demanda ainda da safra 2014/15.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira (4) em Chicago:
Soja: Frente à previsão de chuvas no Meio-Oeste, preços fecham sessão com altas acentuadas na CBOT
Por Fernanda Custódio
As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quinta-feira (4) com altas mais acentuadas. As principais posições da oleaginosa ampliaram as valorizações ao longo do dia e registraram ganhos entre 9 a 11,25 pontos. O vencimento novembro/15, referência para a safra dos Estados Unidos, era cotado a US$ 9,24 por bushel.
De acordo com informações do site internacional Farm Futures, as previsões climáticas indicando mais chuvas para o Meio-Oeste dos EUA deram suporte aos preços, já que pode atrasar o plantio do grão. Além disso, as previsões projetam a continuidade das precipitações nos próximos 6 a 10 dias na região.
Até o último domingo (31), a semeadura da soja estava completa em 71% da área, conforme dados do relatório de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). No mesmo período do ano passado, o plantio já alcançava 75%. O órgão atualiza os seus números na próxima segunda-feira (8).
Outro fator que também contribuiu para os ganhos da oleaginosa nesta 5ª feira foi a queda do dólar frente a outras moedas. Nos últimos dias, o comportamento do dólar tem sido acompanhado pelo mercado e dado sustentação aos futuros da commodity.
Enquanto isso, o relatório do USDA indicou as vendas da safra velha em 130,3 mil toneladas do grão, até a semana encerrada no dia 28 de maio. O volume representa uma queda de 60% em relação à semana anterior, na qual, as vendas somaram 322,5 mil toneladas e, um recuo de 42% em comparação com a média das últimas quatro semanas.
No período, o Japão foi o principal comprador do produto norte-americano, com a aquisição de 113,5 mil toneladas. Com o reporte dos novos números, o acumulado de vendas no ano comercial 2014/15 totaliza 50.099,2 milhões de toneladas, contra os 48.99 milhões de toneladas projetados pelo departamento norte-americano.
Em contrapartida, as vendas da safra nova registraram um aumento expressivo e ficaram em 347,0 mil toneladas do grão no mesmo período. Na semana anterior, o volume indicado foi de 55,1 mil toneladas do grão.
* Devido ao feriado de Corpus Christi, comemorado nesta quinta-feira, não houve negociação no Brasil. Os negócios serão retomadas nesta sexta-feira.