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Milho: Mercado inicia sessão desta 4ª feira em campo negativo e recua pelo 2º dia consecutivo na CBOT

15/07/2015 08:35

No início da sessão desta quarta-feira (15) os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com ligeiras quedas, próximos da estabilidade. Por volta das 8h09 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,25 e 1,75 pontos. O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 4,26 por bushel.

As cotações futuras da commodity dão continuidade ao movimento negativo iniciado no dia anterior. Nesta terça-feira, os preços fecharam o pregão com quedas expressivas, entre 12,50 e 13 pontos. Após os ganhos recentes, os investidores optaram por um movimento de realização de lucros.

Além disso, o clima no Meio-Oeste continua a ser o foco dos participantes do mercado. As previsões de longo prazo já mostram chuvas menos intensas na região, o que pode favorecer as lavouras do cereal. "As previsões mantêm as chuvas no Corn Belt nos próximos sete dias, mas para os 6 a 10 dias mostra um tempo mais seco", disse Bob Burgdorfer, do site Farm Futures.

Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:

Milho: Mercado realiza lucros e fecha sessão desta 3ª feira com perdas de dois dígitos na CBOT

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta terça-feira (14) com quedas expressivas. As principais posições do cereal ampliaram as perdas ao longo da sessão e fecharam o dia com perdas entre 12,50 e 13,00 pontos. O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 4,28 por bushel.

Os analistas destacam que o mercado exibiu um movimento de realização de lucros após registrar ganhos acentuados recentemente. Os futuros do milho atingiram nesta segunda-feira (13) os maiores patamares em um ano. O mercado foi sustentado, principalmente pela compra de posições por parte dos fundos de investimentos e também da continuidade do clima mais úmido no Meio-Oeste dos EUA, o que eleva as especulações em relação à safra.

De acordo com o analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Antônio Ribeiro, somente nos últimos 30 dias, as cotações do cereal subiram entre 20% a 22%. "Com isso, as altas verificadas nas últimas semanas já permitem aos players um movimento de realização de lucros", afirma o analista.

Paralelamente, os investidores permanecem acompanhando o comportamento do clima no país. Até o momento, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia dos EUA - indica para os próximos sete dias chuvas intensas no Corn Belt. Alguns estados como Indiana, Iowa e Missouri, os acumulados poderão ficar entre 50,8 a 101,6 mm.

Previsão 7 dias - EUA

Chuvas nos EUA entre os dias 14 a 21 - Fonte: NOAA

Apesar das chuvas recentes, o USDA manteve o índice de lavouras de milho em boas ou excelentes condições em 69%, até o último domingo. Ainda assim, o percentual está abaixo do registrado em igual período do ano anterior, de 76%. Já o percentual de lavouras em situação regular caiu de 23% para 22%. Em contrapartida, o índice de plantações em condições ruins ou muito ruins subiu de 8% para 9% em uma semana.

"Estamos em um momento que o clima tem um peso muito grande nas tendências de curto prazo. Mas em linhas gerais, no médio e longo prazo a tendência é mesmo de um recuo nas cotações, principalmente devido aos estoques finais mundiais e a segunda safra de milho no Brasil", explica Ribeiro.

Segundo dados do site internacional AGWeb, nos últimos sete dias, até essa terça-feira, estados como Indiana e Missouri acumularam mais de 500 mm de chuvas, conforme mostra o mapa abaixo. É importante destacar que nas últimas semanas, o Meio-Oeste norte-americano tem recebido chuvas mais volumosas, o que aumenta as especulações em relação à safra 2015/16.

Chuvas acumuladas nos últimos 7 dias nos EUA - Fonte: AGWeb

Chuvas acumuladas nos últimos 7 dias nos EUA - Fonte: AGWeb

Além disso, o analista ainda sinaliza que os produtores devem estar atentos às informações do mercado financeiro. "Os acordos fechados com relação ao refinanciamento da dívida da Grécia pode provocar um movimento de capitais saindo de commodities e retornando ao mercado financeiro", diz.

Mercado interno

No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega em agosto/15 subiu 0,67%, para R$ 30,00. Apesar da forte queda no mercado internacional, o dólar registrou ligeira alta de 0,13% e fechou o dia a R$ 3,14.

Enquanto isso, no mercado interno brasileiro às atenções estão voltadas para o excesso de chuvas no Sul do Brasil. Conforme informações da meteorologista sênior do instituto norte-americano AccuWeather, Kristina Pydynowski, o El Niño deste ano poder ser o mais forte dos últimos 50 anos. Até o momento, os estados do RS, SC, mas, especialmente o PR tem sofrido com as chuvas. O Sul do MS também sido afetado com o padrão climático chuvoso.

Inclusive no estado, os trabalhos de colheita do milho safrinha estão parados. E a preocupação nesse momento é em relação ao aparecimento de grãos ardidos e, consequentemente, a qualidade do grão. Na região de Francisco Beltrão, um mini tornado causou estragos no final da noite desta segunda-feira. Outras localidades, como Cafelândia, Floresta e Campo Mourão também sofrem com o excesso de chuvas. Ainda não é possível quantificar as perdas nas lavouras do cereal.

Fonte: Notícias Agrícolas