Esse site utiliza cookies para uma melhor navegação. Você permanecendo no site aceita os termos.

Milho: Em Chicago, mercado tenta dar continuidade ao movimento positivo e exibe leves ganhos nesta 6ª feira

28/08/2015 08:27

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta sexta-feira (28) do lado positivo da tabela, com ligeiros ganhos. As principais posições do cereal exibiam altas entre 1,75 e 2,25 pontos, por volta das 8h03 (horário de Brasília). O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,65 por bushel, depois de encerrar a sessão anterior a US$ 3,63 por bushel.

As cotações do cereal tentam ampliar os ganhos registrados nesta quinta-feira. Com o suporte do boletim de vendas para exportação, do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os principais vencimentos da commodity terminaram o dia com valorizações entre 1,75 e 2,00 pontos. Até a semana encerrada no dia 20 de agosto, as vendas de milho somaram 854,8 mil toneladas. O volume ficou acima do esperado pelos participantes do mercado.

Enquanto isso, as informações do mercado financeiro, especialmente em relação à China ainda permanecem sendo acompanhadas de perto pelos investidores. Do mesmo modo, o clima está no foco dos participantes do mercado, uma vez que 85% das plantações do cereal estão em fase de enchimento de grãos, ainda de acordo informações do USDA.

Confira como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Milho: Exportações semanais dão suporte e mercado fecha sessão desta 5ª feira com leve alta na CBOT

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a sessão desta quinta-feira (27) do lado azul da tabela, com leves ganhos. As principais posições do cereal exibiram altas entre 1,75 e 2,00 pontos. O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,63 por bushel, mesmo patamar observado no início do pregão de hoje.

As cotações do cereal foram sustentadas pelo relatório de vendas para exportação, segundo informou o site internacional Farm Futures. Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que até a semana encerrada no dia 20 de agosto, as exportações de milho totalizaram 854,8 mil toneladas, contra as 859 mil toneladas reportadas na semana anterior.

Apesar da diferença, o volume indicado ficou dentro das apostas dos participantes do mercado, que giravam entre 500 mil a 900 mil toneladas do grão. No total divulgado, as vendas da safra nova somaram 986,6 mil toneladas, porém, os cancelamentos da safra velha ficaram em 131,8 mil toneladas do grão.

Além disso, a alta observada nos mercados acionários da China nesta quinta-feira também ajudou a aliviar as preocupações dos investidores. Segundo informações reportadas pela agência Reuters, as bolsas chinesas foram sustentadas pela forte recuperação em Wall Street frente às expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, adie o aumento dos juros.

Por outro lado, as previsões climáticas para o Meio-Oeste dos EUA também continuam sendo observadas pelos investidores. Para os próximos 6 a 10 dias, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - continua indicando chuvas dentro da normalidade para o Corn Belt e temperaturas mais altas.

Chuva prevista nos EUA entre os dias 2 a 6 de setembro - Fonte: NOAA

Chuva prevista nos EUA entre os dias 2 a 6 de setembro - Fonte: NOAA

Temperatura prevista nos EUA entre os dias 2 a 6 de setembro - Fonte: NOAA

Temperatura prevista nos EUA entre os dias 2 a 6 de setembro - Fonte: NOAA

Ainda hoje, a Somar Meteorologia informou que as chuvas deverão continua irregulares em todas as regiões produtoras do Meio-Oeste dos EUA. "A partir da segunda semana de setembro é que as chuvas retornarão com maior intensidade e maior frequência e abrangência para as principais regiões produtoras dos Estados Unidos, onde poderá atrapalhar o pleno andamento da colheita da soja e do milho", informou o boletim.

Diante desse quadro, o analista de mercado da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, ressaltou que o cenário para os preços do milho para esse ano é de neutro para altista. "Acredito que iremos trabalhar em patamares próximos dos US$ 4,00 por bushel. E nessa relação entre os preços da soja e milho já começamos a esperar que em 2016 os produtores norte-americanos voltem a abandonar a soja para plantar o milho", disse.

Mercado interno

A queda registrada no dólar nesta quinta-feira (27) pesou sobre os preços do milho no Porto de Paranaguá. A saca do cereal para entrega em outubro/15 terminou o dia a R$ 31,00, com perda de 1,59%. Na contramão desse cenário, no terminal de Santos, a saca do milho subiu 1,54%, cotada a R$ 33,00.

Em Jataí (GO), os preços também subiram, em torno de 2,50%, com a saca cotada a R$ 20,50. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas foi de estabilidade. Enquanto isso, a moeda norte-americana terminou o dia a R$ 3,5528 na venda, com queda de 1,35%.

De acordo com informações da Reuters, o câmbio foi pressionado pelas expectativas de que o Federal Reserve irá adiar o aumento de juros frente às turbulências financeiras mundiais ocasionadas pelas preocupações com a economia da China. Nos dois pregões anteriores, o dólar terminou no nível de R$ 3,60.

"A safra que está terminando de ser colhida, boa parte já está amarrada a contratos de exportação. Acreditamos em exportações próximas de 24 milhões de toneladas de milho em 2015 e não ficaria surpreso de chegarmos a 27 milhões de toneladas. O mercado de milho no segundo semestre e no início de 2016 deve ficar bastante justo e apertado. E os preços praticados na BM&F Bovespa já sinalizam isso", explica Galvão.

BM&F Bovespa

No pregão desta quinta-feira, os preços terminaram em campo negativo na BM&F Bovespa. Os analistas destacam que as cotações têm trabalhado influenciadas, principalmente pelo câmbio. E frente à queda do dólar, os futuros do cereal também recuaram na bolsa brasileira. As principais posições finalizaram o dia com perdas entre 0,92% e 1,41%. O contrato setembro/15 era cotado a R$ 29,00.

Fonte: Notícias Agrícolas