As cotações futuras do milho iniciaram o pregão desta quinta-feira (21) com ligeiras altas, próximas da estabilidade. Por volta das 7h49 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 0,50 e 0,75 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,69 por bushel, mesmo patamar registrado no fechamento do dia anterior.
O mercado tenta consolidar os ganhos do dia anterior e trabalha do lado positivo da tabela pelo 3º dia consecutivo. De acordo com informações dos sites internacionais, os investidores continuam cobrindo as posições as vendidas. Além disso, o anuncio da venda de 243,100 mil toneladas do grão para o México contribuiu para dar suporte aos preços nesta quarta-feira, conforme dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Paralelamente, o foco permanece na próxima safra norte-americana. Essa semana, a Informa Economics estimou a área do cereal em 35,96 milhões de hectares. A projeção ficou abaixo do indicado em dezembro, de 35,99 milhões de hectares. Na safra 2015/16, a área total semeada com o grão ficou em 35,61 milhões de hectares e a produção em torno de 345,48 milhões de toneladas, conforme último boletim de oferta e demanda do USDA.
Veja como fechou o mercado no dia anterior:
Milho: Valorização cambial garante mais um dia de alta aos preços no mercado interno brasileiro
O preço do milho praticado no Porto de Paranaguá permaneceu estável em R$ 43,00 a saca nesta quarta-feira (20), apesar da alta do dólar. Na região de Campo Novo do Parecis (MT), a saca do milho subiu 3,59%, para R$ 26,00 a saca, em Jataí (GO), o ganho foi de 3,33% e a saca terminou o dia a R$ 31,00. Em Tangará da Serra (MT), a valorização foi menor, de 1,92%, e a saca cotada a R$ 26,50. Na contramão desse cenário, a cotação caiu 3,03% em São Gabriel do Oeste (MS), com a saca do cereal a R$ 32,00. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
Enquanto isso, a moeda norte-americana subiu 1,24% e fechou o pregão de hoje a R$ 4,1050 na venda, maior nível desde 28 de setembro, quando finalizou o dia a R$ 4,1095. De acordo com informações da agência Reuters, o câmbio encontrou suporte na aversão ao risco nos mercados globais frente à nova queda nos preços do petróleo.
Por outro lado, os analistas explicam que, da além da contribuição do dólar, o quadro mais ajustado de oferta e demanda no Brasil também auxilia para o suporte dos preços. As exportações, que seguem aquecidas, ajudaram a enxugar o excedente de oferta. A perspectiva é que em janeiro, os embarques ultrapassem as 5 milhões de toneladas, de acordo com projeção dos participantes do mercado. Com isso, o volume total desta temporada, entre fevereiro/15 e janeiro/16, pode superar as 35 milhões de toneladas.
Segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), as exportações do cereal somaram 2.869,7 milhões de toneladas nos dez primeiros dias úteis de janeiro. A média diária embarcada ficou em 287 mil toneladas.
BM&F Bovespa
Já na BM&F Bovespa, a sessão desta quarta-feira (20) foi de ajuste aos preços do cereal depois das altas recentes. As principais posições da commodity acumularam quedas entre 0,41% e 0,89%. O vencimento março/16 era cotado a R$ 41,00 a saca e o maio/16 a R$ 38,90 a saca. O contrato setembro/16, referência para a safrinha de milho, encerrou o pregão a R$ 36,50 a saca.
Bolsa de Chicago
O pregão desta quarta-feira (20) foi de extrema volatilidade aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal encerraram o dia com pequenas altas, entre 1,00 e 1,50 pontos, próximas da estabilidade. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,69 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,66 por bushel. Por sua vez, o contrato maio/16 era negociado a US$ 3,73 por bushel.
Segundo o site internacional Pro Farmer, apesar da queda expressiva nos preços do petróleo, as cotações acabaram encontrando suporte no anúncio de venda para o México. "As cotações do cereal se tornaram misturadas depois do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportar a venda de 243,100 mil toneladas do grão ao país. O volume deverá ser entregue na temporada 2015/16", informou o portal.
Essa foi a segunda operação divulgada essa semana. Ainda ontem, 110,5 mil toneladas do cereal foram negociadas para destinos desconhecidos. Já o petróleo, caiu para baixo de US$ 27,00 o barril nesta quarta-feira pela primeira vez desde 2003. A pressão baixista é decorrente da sobreoferta nos mercados mundiais e da expectativa de uma demanda mais fraca diante das incertezas no crescimento econômico global.
"Prevalece a aversão a risco nos mercados internacionais. O petróleo não para de cair e todo alívio tem se mostrado temporário", disse o operador da corretora Correparti Guilherme França Esquelbek, em entrevista à agência Reuters.
Paralelamente, as atenções dos investidores seguem voltadas à demanda pelo produto norte-americana. Mas, segundo os números oficiais, as vendas de milho estão 25% abaixo do registrado na temporada anterior. Amanhã, o USDA traz novo boletim de vendas para exportação. Na semana anterior, o número ficou em 669,2 mil toneladas, no acumulado na semana encerrada no dia 7 de janeiro.
Outro fator que também é observado pelos participantes do mercado é o planejamento da próxima temporada nos Estados Unidos. Diante dos custos de produção elevados e das cotações em patamares mais baixos, ainda há muita especulação em relação à real área que será destinada a produção do milho da safra 2016/17.
Ainda nesta terça-feira, a Informa Economics estimou a área do cereal em 35,96 milhões de hectares. A projeção ficou abaixo do indicado em dezembro, de 35,99 milhões de hectares. Na safra 2015/16, a área total semeada com o grão ficou em 35,61 milhões de hectares e a produção em torno de 345,48 milhões de toneladas, conforme último boletim de oferta e demanda do USDA.