Os preços da soja no porto de Rio Grande, nesta terça-feira (26), acompanham a pouca movimentação das cotações em Chicago e a baixa do dólar - que já opera abaixo dos R$ 4,10 - e também perdem um pouco de força. Neste início da tarde, o produto disponível não contava com referência de preços, enquanto no mercado futuro, com entrega para março/16, o valor cedia 1,19% para R$ 83,00 por saca.
O mercado da soja, seja no Brasil ou na Bolsa de Chicago, continua morno e sem sinalizações de que uma mudança muito brusca dessa pouca movimentação nos próximos dias, segundo explicam analistas. Embora as demandas externa e interna estejam aquecidas, o percentual da safra 2015/16 já comprometido é bastante elevado - passando rapidamente de 50% - e os vendedores agora optam por esperar.
Afinal, em algumas áreas produtoras do Brasil, as condições de clima ainda impõem alguns desafios e, somente com um avanço mais significativo da colheita, é que o real tamanho da safra brasileira será conhecido, bem como seus índices médios de produtividade. De acordo com o último levantamento da consultoria AgRural, até o final da última semana o Brasil já havia colhido 1,5% de sua área.
Bolsa de Chicago
E essa falta de notícias novas e fortes o bastante acabam, portanto, tirando a força também dos negócios em Chicago, uma vez que, entre os fundamentos de oferta estes são os mais especulados nesse momento, já que a consistência da demanda já é conhecida.
Paralelamente, seguem as expectativas para a nova safra dos Estados Unidos. Entre os especialistas nacionais e internacionais, dois sentimentos são comuns: as condições climáticas do Corn Belt deverão ser favoráveis durante o plantio, de acordo com as últimas previsões, mas a nova temporada deve ter menos investimentos do que em anos anteriores. Os atuais preços da oleaginosa não cobrem os custos de produção e, para garantir sua produtividade, os produtores norte-americanos precisariam cortar gastos.