O Sindicato Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal aumentou a medida de força na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, liberando, a passos quase nulos, os caminhões com cargas de milho, trigo, arroz, soja e casca de soja com destino ao mercado brasileiro.
As consequências da pausa motivaram um atraso nas exportações. Mais de 2 milhões de toneladas de grãos ficariam sem mercado. As perdas econômicas já somam mais de US$40 milhões desde o mês de julho, quando a paralisação se iniciou.
A greve, realizada pelos funcionários da Receita Federal, que pedem por melhores salários, viola o artigo primeiro do Tratado de Assunção, como diz o diplomata Didier Olmedo, diretor geral de Comércio Exterior do Ministério de Relações Exteriores do Paraguai.
As pedas superaram ampliamente as sofridas até o momento, estimando um prejuízo superior a US$100 milhões sobre os grãos que não podem ser comercializados.
O setor de transporte do Paraguai também foi gravemente afetado, uma vez que não se pôde aproveitar a diminuição no movimento interno de grãos com a grande demanda que existia para levar os produtos ao país vizinho.
A medida de força colocada pelos funcionários da Receita Federal não mostra perspectivas de solução, circunstância que poderia fazer ressentir ainda mais a atividade comercial e os ingressos aduaneiros e, consequentemente, os recursos que a fiscalização precisa para o cumprimento de seus objetivos em área social.