O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) divulgou, nesta quinta-feira (12), seu primeiro relatório de oferta e demanda mundial do ano. Os dados ficaram abaixo das expectativas, agradando os investidores, que levaram o preço da oleaginosa na Bolsa de Chicago para o melhor patamar das últimas quatro semanas, em um dia de queda na moeda americana. O contrato de março-17 foi cotado a US$ 10,26 por bushel.
Contrariando as expectativas médias de mercado, o Usda reduziu a estimativa da produção americana para 117,21 milhões de toneladas, menor que a projeção de dezembro de 118,69 milhões de toneladas. Expectativas do mercado, para o relatório desta quinta-feira, apontavam entre 119 e 120 milhões de toneladas. O corte foi resultado da diminuição da área colhida e da produtividade.
Os estoques americanos, bem como os estoques mundiais também sofreram cortes acima do esperado. A produção mundial na temporada 2016/17 é estimada em 337,85 milhões de toneladas, com redução nos Estados Unidos, e aumento na estimativa de produção brasileira para 104 milhões de toneladas. A produção na Argentina ainda foi mantida em 57 milhões de toneladas, apesar do Ministério da Agricultura do país revisar a produção para os 56 milhões de toneladas. As estimativas de produção na América do Sul conservam o otimismo apesar das ameaças climáticas.
Quanto aos estoques trimestrais americanos em 1º de dezembro de 2016, outro relatório divulgado pelo USDA, a alta foi de 7% em relação ao mesmo período de 2015, totalizando 78,92 milhões de toneladas, número que também veio abaixo das expectativas de mercado, favorecendo os ganhos em Chicago.