O verão termina na próxima segunda-feira (20), às 07h29 no horário de Brasília em todo o Hemisfério Sul, mas como será o outono?
Neste ano, a estação de transição será bem diferente do ano passado quando foi influenciada pelo El Niño. “As estações dependem da temperatura dos oceanos e principalmente do Oceano Pacífico, que é o maior do globo. O fenômeno meteorológico fez com que o calor predominasse e a chuva mais volumosa ficasse concentrada no Sul do Brasil no outono de 2016. Desta vez, as chuvas tendem a diminuir lentamente sobre boa parte do país”, explica o meteorologista Celso Oliveira.
Segundo a Somar Meteorologia, a tendência é de que as chuvas ainda aconteçam com uma certa frequência nos meses de março, abril e maio. Com a ausência do El Niño, os sistemas meteorológicos como a ZCIT (Zona de Convergência Intertropical), umidade do litoral e as instabilidades tropicais fazem com que a umidade da Amazônia se espalhe em muitas regiões brasileiras, garantindo assim, que o outono seja mais úmido em relação ao ano passado.
Chuva acima da média no Centro-Sul
As simulações meteorológicas apontam que o Centro-Sul do país deve receber chuva acima da média devido à atuação de frentes frias, sendo próxima do esperado para o período no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “As precipitações também devem ocorrer no Centro-Norte, mas os acumulados não serão suficientes para alcançar à média climática para a estação”, ressalta o meteorologista.
Temperaturas oscilam durante a estação
Além da diminuição das precipitações com a proximidade do inverno, outras características são comuns na estação, como o início das ondas de frio, nevoeiros e geadas em áreas produtoras.
Mas uma forma geral, o outono vai ser marcado pela oscilação de temperaturas, alternando períodos quentes com ondas de frios fortes. As temperaturas só devem ficar abaixo do esperado para a estação no extremo norte do país por conta da atuação da ZCIT e no leste do Nordeste, que está com a água do mar mais fria que o normal.