A estimativa de produção mundial de milho, 1,05 bilhão de toneladas, pressiona negativamente os preços internacionais desta commodity. No Brasil, a produção do cereal prevista pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2016/17 é de 91,5 milhões de toneladas. Esse volume significativo aliado aos preços baixos em Chicago e desvalorização do dólar mantém tendência de baixa nas cotações futuras.
O Paraná, segundo maior produtor nacional de milho, tem previsão de produção de 12,7 milhões de toneladas na safrinha e 4,5 milhões de toneladas no verão (17,2 milhões de toneladas), que corresponde a 18,8% da produção nacional.
O preço médio recebido pelos produtores no Paraná está em R$ 21,08 por saca de 60 quilos, conforme a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), próximo do preço mínimo de R$ 19,21, da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).
O período de colheita do milho safrinha se concentra entre julho e agosto, período em que a oferta aumenta com o preço do cereal podendo atingir cotações abaixo da PGPM.
O governo aprovou operações de contrato de venda de milho para o Mato Grosso por meio da resolução No 5, de 4 de abril de 2017, e da Portaria Interministerial No 799, de 4 de abril de 2017, conforme publicado no DOU de 19 de abril de 2017. Além disso, publicou a portaria interministerial No 800, de 4 de abril de 2017, que concede um volume de recursos de R$ 500 milhões para operações de subvenção econômica na forma de equalização de preços.
Diante deste cenário, a FAEP solicitou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) planejar a utilização de R$ 100 milhões dos instrumentos de apoio à comercialização para a cultura do milho no Paraná visando garantir o preço mínimo de 3 milhões de toneladas do cereal, caso os preços não se sustentem.