O plantio de trigo já chega a 15% da área que será destinada à cultura no Paraná. Mas parte dos produtores não está muito animada neste ano.
As condições de mercado não são muito favoráveis, e a área destinada ao cereal deverá ser de 8% a 10% menor nesta safra do que na anterior.
Um dos desestímulos dos produtores vem dos preços, segundo Francisco Carlos Simioni, diretor do Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná.
Na safra anterior, os produtores não conseguiram cobrir os custos de produção, e os mecanismos de apoio do governo não tiveram efeitos para os agricultores paranaenses que optaram pelo produto, afirma ele. Dificuldades internas e um volume grande de trigo no mercado internacional fizeram o produtor repensar o cultivo de inverno neste ano e diminuir a área. Houve uma troca desse cereal por milho e cevada.
O engenheiro agrônomo da Coprossel Marcionei Crocetta Coelho, acredita que a nossa região não deva registrar queda no plantio do trigo. “A gente vê esse cenário como uma oportunidade, principalmente, quando observamos a possibilidade de uma grande redução na produtividade dos Estados Unidos. Outro ponto importante foi o trabalho de garantia de preço no contrato de opção realizado pela Coprossel, estimulando os agricultores dando uma liquidez na hora da comercialização”, completo Marcionei