O inverno começa à 01h24 desta quarta-feira, 21 de junho, e termina às 17h02 de 22 de setembro. No primeiro dia o tempo fica estável, sem chuva e com temperaturas baixas em todo o Estado. As menores temperaturas são esperadas para a Região Centro-Sul, na divisa com Santa Catarina – em torno de 5 graus. Os ventos provenientes do Oceano Atlântico mantêm o tempo encoberto entre a Serra do Mar e as praias. As temperaturas aumentam um pouco até sábado (24), mas o frio perdura.
De acordo com o meteorologista do Simepar - Sistema Meteorológico do Paraná, Cezar Duquia, a análise dos dados do Instituto Nacional de Meteorologia permite concluir que nesta estação as chuvas tendem a ficar dentro da condição normal para o Estado. "As probabilidades são baixas e pouco representativas, considerando que historicamente o volume de chuvas é menor durante o inverno", explica.
Além disso, a maioria dos modelos de centros de estudos climáticos norte-americanos sugere que o fenômeno El Niño permanecerá neutro em condições atmosféricas próximas à média no Oceano Pacífico. Porém, alguns modelos preveem o surgimento de El Niño com 35% a 50% de probabilidade.
As massas de ar frio que se deslocam pelo Sul da América Latina costumam persistir por mais de uma semana, estabilizando a atmosfera no Sul do Brasil. Nesse contexto, os dias têm baixos teores de umidade no ar e geadas frequentes, sem nuvens. As frentes frias deslocam-se rapidamente, provocando chuvas moderadas ou fortes de curta duração. Quanto às temperaturas, este inverno não deve ser nem tão frio quanto o de 2016, nem tão quente como o de 2014, apresentando algumas semanas mais frias e outras mais amenas.
AGRICULTURA – "Com a previsão de normalidade climatológica de junho a agosto, a expectativa é de que as culturas de inverno - como o trigo e o milho safrinha - se desenvolvam bem", afirmam as pesquisadoras do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Heverly Morais e Ângela Costa. Se ocorrerem massas de ar polar durante a estação, as lavouras de café e as hortaliças estão eventualmente sujeitas a sofrer danos por geadas. O fenômeno costuma ocorrer no Centro-Sul, Planalto Central e na parte da Região Metropolitana de Curitiba conhecida como Planalto Leste.
Os cafeicultores e olericultores devem acompanhar os boletins do Alerta Geada. Em operação desde maio, o serviço será mantido até o final do inverno para auxiliar os produtores rurais na prevenção e redução de perdas agrícolas.
Uma vez emitida a previsão do Simepar, a equipe de agrometeorologistas do Iapar interpreta as informações e dispara os alertas por e-mail, "torpedo", imprensa e redes sociais. Se as condições para formação de geada persistem, um aviso de ratificação é enviado até 24 horas antes da ocorrência prevista.