O Paraná inicia a temporada de plantio de grãos da safra de verão 2017/18, a principal do Estado. A expectativa do Deral, Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, é colher pouco mais de 23 milhões de toneladas, volume 8% inferior ao obtido na safra 16/17, que alcançou 25 milhões de toneladas. A área de soja deve aumentar, a de milho diminuir e a do feijão se manter. Segundo o economista do Deral, Marcelo Garrido, na safra 2016/2017, as principais culturas plantadas no Estado tiveram níveis de produtividade considerados excelentes, porque contaram com clima favorável.
Os produtores de soja estão tendo a oportunidade de realizar o plantio dentro de um calendário mais ajustado. O Zoneamento Agrícola de Risco Climático, divulgado pelo Ministério da Agricultura, alindado ao vazio sanitário estabelecido pela Adapar, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, vão permitir que o plantio de soja no Paraná inicie a partir do próximo dia 11 sem riscos climáticos. A medida beneficia principalmente os produtores da região Oeste do Estado, que terão uma janela de plantio da segunda safra de milho maior, sem atropelos, considerando as condições climáticas favoráveis naquela região. Segundo Marcelo Garrido, o principal produto plantado no Paraná durante o verão é a soja, que tem produção esperada de cerca de 19 milhões de toneladas.
Desde agosto do ano passado, o preço da soja caiu de 68 reais e 17 centavos a saca para 56 reais e 92 centavos. Já em relação ao milho, Marcelo Garrido ressalta que o plantio deverá ter forte retração, devendo ser plantada a menor safra da história nesse período do ano.
A área plantada deve recuar 33% em relação à safra anterior. Os preços caíram de 35 reais a saca, em agosto do ano passado para 18 reais a saca, uma queda de 49%. Sobre o feijão, mesmo com preços mais baixos no mercado, os produtores devem manter a área plantada no ano passado, em torno de 196 mil hectares. A produção estimada pelo Deral na primeira safra de feijão é de 377 mil toneladas do grão, um aumento de 3% sobre a safra passada. Os preços despencaram em 75% para o feijão de cor - de 376 reais para 92 reais entre agosto do ano passado e agosto deste ano. O preço do feijão preto caiu de 210 reais a saca para 112 reais a saca no mesmo período.