As chuvas ocorridas no decorrer dos últimos dias, contribuíram positivamente para um aumento no nível de umidade do solo e assim melhorar as condições das lavouras. A região vinha sofrendo com forte estiagem que se estende desde meados de outubro de 2019. Existe ainda a possibilidade de o fenômeno La Niña se estender até o próximo ano e, com isso, as previsões apontarem para a continuidade de chuvas irregulares e mal distribuídas, aumentando a torcida do setor produtivo para a regularidade das precipitações.
O departamento técnico da Coprossel tem acompanhado o desenvolvimento da soja regional. Embora dos desafios propostos aos produtores, as expectativas são boas e o produtor precisa ficar atento a alguns pontos chave dessa época do ano, é o que relata o engenheiro agrônomo gerente de insumos, semente e Departamento técnico da Coprossel Marcionei Crocetta Coelho:
“O cenário atual é mais animador de que alguns dias atrás. O início do plantio das lavouras estavam indo muito bem e de todas as safras foi onde nós tivemos a maior proporção de lavouras plantadas em nossa região. Logo em seguida veio a estiagem e o cenário mudou, com praticamente 40 dias de chuvas irregulares.
Com isso tivemos problemas no estabelecimento das culturas devido a estiagem e a primeiro momento achávamos que o replantio seria em um volume maior de área, o que não se concretizou. Tivemos sim áreas que ouve a necessidade de replantio mas hoje estão muito boas, e diria com potencial máximo de produtividade.
Nos levantamentos feitos pelo Departamento Técnico da Coprossel desta semana, foi constatado que as lavouras que antes estavam irregulares ou desuniforme na emergência, estão com aparência melhor embora sabemos que o potencial dessas áreas de certa forma já foi comprometido.
PONTOS DE ATENÇÃO NESTA ÉPOCA DO ANO
Nutrição das plantas
As lavouras de ciclo precoce que ficaram com população menor, devido à falta inicial de chuvas, podem requerer um complemento na adubação foliar. Importante não esquecer do cloreto de potássio, pois muitos produtores utilizaram uma dosagem menor na adubação de base (plantio).
O produtor tem que ficar atento, pois as lavouras que se estabeleceram com densidade menor de plantas demoram mais pra fechar, favorecendo a ocorrência de plantas daninhas a exemplo a buva e o amargoso. Se faz necessário um bom monitoramento também nesse sentido.
É necessário muita atenção quanto ao mofo-branco. A doença que é causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum , atrapalha o desenvolvimento da planta e reduz produtividade. A equipe técnica identificou que o mofo já está se manifestando visivelmente, através das estruturas fúngicas em atividade nas lavouras da região, principalmente devido ao clima favorável e fase de florescimento da soja. É importante o produtor conversar com a equipe técnica para o melhor manejo.
No Paraná já existe focos identificados de ferrugem (Phakopsora pachyrhizi). Em nossa região temos oito locais de coleta para leitura e identificação dos esporos de fungo. A leitura é feita por um profissional da Coprossel e a leitura das lâminas pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus de Laranjeiras do Sul . Até agora não foi identificado a doença na região, é uma boa notícia, mas não podemos ficar desatentos. É importante o monitoramento pra ser mais assertivo na tomada de decisão, custo e controle.
Nossa mensagem ao produtor é de agradecimento por acreditar na cooperativa, na equipe técnica, e assim vamos vencendo juntos os desafios que vão surgindo. Aproveito a oportunidade pra colocar à disposição toda a equipe técnica da Coprossel, para que o produtor possa sanar suas dúvidas, e buscar sempre melhorias, trazer mais renda a sua propriedade, e é claro mais qualidade de vida a toda sua família”.
Gerente de insumos, semente e Departamento técnico da Coprossel
Engenheiro Agrônomo
Marcionei Crocetta Coelho