Esse site utiliza cookies para uma melhor navegação. Você permanecendo no site aceita os termos.

PERCEVEJO: Uma praga silenciosa que compromete a produtividade da soja na região

13/12/2017 10:32
Os percevejos são considerados no complexo de pragas da soja as de maior risco para a cultura.

O nosso produtor está acostumado com as lagartas que comem as folhas, e o percevejo é uma praga que se alimenta silenciosamente no meio do ciclo da cultura da fase reprodutiva até maturação das vagens, onde uma baixa população causa um grande prejuízo, o produtor não percebe que o percevejo está presente e só vai perceber o ataque no momento da colheita.

A cooperativa não melhora a qualidade dos grãos armazenados ela somente mantém, então quando ela recebe os grãos de soja com baixa qualidade pelo ataque de percevejos ele passa ser um problema que gera todo um desconforto para o produtor, indústria, armazenador e os outros envolvidos no processo.

Os percevejos são considerados no complexo de pragas da soja as de maior risco para a cultura. As ninfas, a partir do terceiro ínstar , e os adultos  podem causar grandes danos à cultura a partir da fase de formação das vagens R3  até o final do desenvolvimento das sementes R7 . Por isso representam um perigo na reta final do cultivo, quando se definem o rendimento e a qualidade da semente. 

Com as suas picadas, para se alimentarem, os percevejos atingem diretamente os grãos em formação. O dano direto varia, dependendo do estágio em que se encontra o grão ao ser picado, desde a inviabilização total da semente, por abortamento, até a redução do vigor e potencial germinativo. Como danos indiretos são citados a transmissão de doenças fúngicas e a indução de um distúrbio fisiológico que afeta a maturação normal das plantas atacadas, permanecendo estas com as folhas verdes ao final do ciclo. Isto causa problemas na colheita, pelo excesso de umidade no processo de trilha e no produto colhido. O resultado final é prejuízo, pela queda no rendimento e qualidade e, no caso de produção de sementes, pela sua inviabilização pela perda de vigor e germinação. 

Em uma área vistoriada pelo engenheiro agrônomo Marcio Dulnik, na comunidade do Faxinal Grande, já foi possível encontrar esta praga, e a recomendação é iniciar as vistorias na fase vegetativa e com o pano de batida, depois desse levantamento é que poderemos avaliar se já podemos fazer o controle ou não, pois quando iniciamos o controle na hora certa, temos menos adultos onde vamos ter uma população menor de percevejo na fase de enchimento de grãos é importante ter uma população baixa, pois muitas vezes ela se encontra abaixo do nível de dano econômico não havendo necessidade de controle químico e com isso também diminuímos o número de aplicações de inseticidas, e todos ganham com isso, cooperativa, produtor, consumidor e ambiente.