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Alto índice de sementes piratas ameaça conquistas da agricultura brasileira

18/03/2019 09:36
Não reproduza a sementes da pirataria

 O problema atinge alguns dos principais grãos produzidos no país, como soja, milho, trigo e feijão. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes (Abrasem), o Brasil está entre os países latino-americanos em que a pirataria tem maior incidência. Estima-se que 30% de todas as sementes lançadas ao solo, a cada ano, sejam ilegais. Neste círculo vicioso vai pelo ralo o controle de ervas daninhas e doenças. E o trabalho de anos de pesquisa fica ameaçado. “O Brasil é um grande exportador e precisa ter tecnologia para se manter competitivo no mercado externo”, ressalta José Américo, presidente da Abrasem.

“A indústria de sementes, legalmente estabelecida, oferece ao produtor mais do que qualidade. Ela fornece também orientação técnica e consultoria a seus clientes. O recomendável é sempre procurar por produtos legalmente estabelecidos pelo mercado, para que o agricultor possa ter todas essas garantias”, enfatiza.

No Paraná, a Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem), com apoio de empresas do setor, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e, recentemente, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), estão intensificando o combate à pirataria. O trabalho é voltado para aumentar a fiscalização nas rodovias, controlar o uso e a produção dessas sementes. No estado, a Apasem estima um prejuízo anual de R$ 464 milhões com as sementes ilegais.

Uma das sementes em que mais se observa a presença de pirataria é a do feijão. Em esfera nacional, cerca de 55% deste produto é plantado de forma ilegal. No Paraná, o índice salta para 90%. Já na cultura da soja, 35% das sementes adquiridas nacionalmente têm origem no mercado paralelo.

Denuncie a Pirataria de Sementes

As denúncias podem ser realizadas diretamente no site www.abrasem.com.br/denuncias. Através de um formulário, a denúncia anônima será encaminhada ao Ministério da Agricultura para averiguação.

Outra forma de denunciar é acionando a Ouvidoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) pelo 0800 704 1995 ou no site www.agricultura.gov.br/ouvidoria