Governo do Paraná encerra nesta quarta-feira (29), em Curitiba, o ciclo de fóruns regionais “Paraná livre de febre aftosa sem vacinação”. O evento será às 13 horas, no Auditório Mário de Mari, no Jardim Botânico. O objetivo é esclarecer quais mudanças ocorrerão após a suspensão da vacina contra febre aftosa no Estado.
O objetivo é de esclarecer quais mudanças vão ocorrer após a suspensão da vacina contra a febre aftosa no Paraná. Uma comitiva da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e da Adapar, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, percorreu, nos últimos dias, cinco municípios para a promoção dos fóruns. A etapa no interior do Estado encerrou em Cascavel e passou pelos municípios de Paranavaí, Cornélio Procópio, Guarapuava e Pato Branco.
No Interior, o público foi de 4,3 mil pessoas, entre produtores, entidades e lideranças do setor agropecuário, técnicos, estudantes e representantes do poder público.
O secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, disse que os produtores são fundamentais nesse processo e precisam estar informados sobre as práticas necessárias na propriedade. Ele destacou, ainda, que o Paraná tem condições técnicas para garantir a defesa agropecuária e possibilitar, com a suspensão da vacinação, a entrada do Estado nos melhores mercados de proteínas animais.
Parceiros - Os fóruns foram promovidos pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Adapar, Emater, Sistema Faep/Senar, Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), e Sistema Ocepar, além de entidades locais que colaboram com recursos físicos, como prefeituras, Sociedades Rurais de Cornélio Procópio e Pato Branco, Fiep, e Unicentro
Mercados - Um estudo divulgado em março por técnicos da Adapar e da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, mostra que o novo status pode dobrar as exportações de carne suína no Paraná, chegando a 200 mil toneladas ao ano. O cenário é previsto se o Estado conquistar apenas 2% do mercado potencial, liderado por China, Japão, México e Coreia do Sul, que pagam mais pelo produto com reconhecida qualidade sanitária, e representam 64% do comércio mundial de carne suína. As cadeias produtivas de carne bovina, aves e leite também vão ser beneficiadas com o acesso a mercados que pagam melhor.Para o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, o Paraná está preparado para o diagnóstico rápido da doença, que não se manifesta desde 2005.
Última campanha: A campanha de vacinação termina na sexta-feira e abrange bovinos e búfalos de até 24 meses de idade. Após a campanha, o Paraná deixa de vacinar contra a febre aftosa. Em setembro deste ano, o Ministério da Agricultura deve publicar um ato normativo que muda o status do Estado para Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, e a Organização Mundial de Saúde Animal vai reconhecer a condição do Paraná em 2021.