A Portos do Paraná segue acompanhando, junto às autoridades de saúde, a situação dos três navios que cumprem quarentena determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As embarcações, cujos tripulantes testaram positivo para Covid-19 na semana passada, permanecem isoladas na área de fundeio localizada em frente ao cais do Porto de Paranaguá.
Também por determinação da Anvisa, o acesso de terceiros aos navios em quarentena está proibido. Em princípio, como informa a autoridade sanitária nacional, o período de quarentena é de 10 dias. Antes de voltarem a atracar para concluir as operações programadas para os navios, a tripulação terá que fazer novos testes RT-PCR. A Autoridade Portuária segue o que determina a Anvisa, tanto para atracar quanto desatracar, quando necessário.
Os navios em quarentena são o MV Astakos, de bandeira maltesa, que descarregava fertilizantes. A embarcação chegou em 25 de julho e entrou em quarentena no dia seguinte, dia 26; o Meghna Princess, de bandeira de Bangladesh, carregava soja no berço 213, desde o dia 27 de julho, e entrou em quarentena no dia 29; e o Redhead, com bandeira de Antígua e Barbuda, que chegou para carregar açúcar no berço 201, desde o último dia 25, e também entrou em quarentena no dia 29 de julho. O único navio para o qual a Anvisa acionou o plano de contingência para o uso da ambulância, disponibilizada pela Portos do Paraná, para retirada de tripulantes que precisavam de atendimento hospitalar foi o Meghna Princess. Informações sobre o estado de saúde dos dois tripulantes hospitalizados devem ser obtidas junto às autoridades de saúde locais e à Anvisa.
PROTOCOLO – A Portos do Paraná esclarece que no momento em que solicitaram a atracação e foram programados para atracar e iniciar as operações no Porto de Paranaguá, nenhuma das embarcações estava sob suspeita de infecção por Covid-19 ou outra doença. Segundo a Direção de Operações da empresa pública, todo e qualquer navio só atraca com autorização da Anvisa, autoridade sanitária que verifica o estado de saúde da tripulação por meio da Declaração Marítima de Saúde atualizada, feita pelo comandante do navio e apresentada pela agência marítima em até 48 horas antes da chegada da embarcação. Este ano, até o último dia de julho, 1.448 navios atracaram nos portos do Paraná. Apenas no mês de julho 224 embarcações chegaram para carregar ou descarregar nos berços paranaenses. Todos passaram pelo protocolo da Agência Nacional. A Anvisa é um dos órgãos anuentes, ou seja, um dos agentes responsáveis por deliberar (consentir ou não) as operações nos terminais do Estado. Assim, ocorre em todo e qualquer porto.
CERTIFICADO – Outro documento averiguado pela Anvisa é o Certificado Sanitário de Bordo. Tem validade de seis meses e deve ser mantido dentro do prazo. O documento atesta, além das condições gerais de saúde dos tripulantes, àquelas referentes à de limpeza e desinfecção do navio, inexistência de pragas e as condições adequadas de manuseio e armazenamento dos alimentos a bordo. Se esses dois documentos não estiverem de acordo, os navios não são autorizados a atracar e operar. Essa anuência é dada pelo Certificado de Livre Prática, que garante que o navio está em plenas condições sanitárias. A anuência da Anvisa, atestada pela Livre Prática, é um dos itens da lista de checagem da Diretoria de Operações da Portos do Paraná. Sem esta, o navio nem entra na previsão de programação.
CUIDADOS – Desde o final do mês de maio, toda comunidade de trabalhadores portuários de Paranaguá e Antonina já tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19. No porto, a empresa pública segue com todos os protocolos e barreiras sanitárias instaladas desde março de 2020. Antes de acessarem o cais e os navios, os trabalhadores e prestadores de serviços passam por aferição de temperatura e questionamentos quanto ao estado geral de saúde, dos técnicos de enfermagem em plantão, 24 horas. A sanitização dos ambientes também continua sendo realizadas nas superfícies de acesso e atendimento público. Álcool em gel 70% e pias para a higienização das mãos estão à disposição dos trabalhadores que entram e saem do cais.
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Fonte: AEN