Depois de investir cerca de US$ 100 milhões em busca de uma segunda geração de semente de soja transgênica nos últimos dez anos, a Monsanto inicia agora uma nova etapa do processo de desenvolvimento da Intacta RR2 Pro, que são os ensaios a campo espalhados por todo o Brasil, inclusive, em Mato Grosso. A partir de agora, a multinacional vai extrair desta tecnologia as variedades que se adaptem aos mais diferentes solos do Brasil.
No início de fevereiro, a Monsanto - pioneira no desenvolvimento de tecnologias de ponta na área agrícola - apresentou sua nova tecnologia, que é a primeira desenvolvida fora dos Estados Unidos e voltada 100% à sojicultura nacional. A nova soja da Monsanto foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em reunião realizada em 19 de agosto do ano passado.
A previsão é de que a oferta comercial da nova semente possa ser feita para a safra 12/13. Por ser uma tecnologia exclusiva para o Brasil, o lançamento comercial só será feito após registro das cultivares e as aprovações para importação em mercados importantes, como Estados Unidos, China e alguns países europeus.
Cada um dos laboratórios de pesquisa da Monsanto espalhados pelo país, inclusive o localizado em Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá), teve participação no experimento. "Toda pesquisa voltada ao melhoramento da soja tem de passar por Mato Grosso", frisa o gerente de Comunicação da Monsanto, Geraldo Magella. Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil e tem previsão de colher nesta safra (10/11), mais de 20,35 milhões de toneladas.
O diferencial da Intacta é ofertar três benefícios, muito esperados nas lavouras, ao mesmo tempo: resultados de produtividade sem precedentes, devido às tecnologias avançadas de mapeamento, seleção e inserção de genes em regiões do DNA com potencial impacto positivo na produtividade, proteção contra as principais lagartas que atacam a cultura da soja e tolerância ao glifosato proporcionada pela tecnologia Roundup Ready (RR). "Quando reduzimos a necessidade de aplicações, temos ganhos econômicos – porque o produtor vai desembolsar menos por agroquímicos -, ambiental – menos produto em contato com o meio ambiente – e qualidade de vida ao produtor que reduz o manejo diário das lavouras, ou seja, é um produto que visa à agricultura sustentável", explica Magella.
Diário de Cuiabá
Autor: Marianna Peres