Foi divulgado na tarde de ontem o acompanhamento de plantio e a projeção de colheita do trigo no Estado do Paraná, o avanço de semeadura na última semana foi bastante reduzido, as condições dos cultivos se mantém satisfatórias até o presente momento, apesar da estiagem que vem ocorrendo em algumas regiões a exigência hídrica do trigo ainda faz com que não se espere perdas de produtividade dos plantios já em desenvolvimento.
Com relação aos números da estimativa de área plantada, produção e produtividade, foram feitos ajustes em comparação com os dados de abril. Com relação à área cultivada a projeção atual é de 1,024 milhões de hectares, valor menor ainda do que a projeção de abril (1,03 milhões de ha), a redução passa assim dos 12 para os 13% em área semeada. A produção esperada, consequentemente, caiu em relação ao estimado em abril, espera-se uma produção de 2,847 milhões de toneladas, agora 18% menor do que em 2010. A produtividade foi revisada para cima, com variação de 0,3% em relação ao esperado em abril, chuvas no plantio e período seco no desenvolvimento são favoráveis à cultura. Ainda assim é necessário um volume maior de precipitação para se confirmar estas melhoras.
Já foi completada a semeadura em 67% das áreas paranaenses, semelhante ao observado no ano passado neste mesmo período (68%), com relação ao desenvolvimento a campo, atualmente 73% dos cultivos já plantados estão em desenvolvimento vegetativo e 27% em germinação.
Quanto a comercialização, aproximadamente 85% do que foi produzido na última safra já foi comercializado, o avanço no mês de maio até então foi de apenas 5 pontos percentuais, o equivalente a 172,6 mil toneladas. O que mais torna atípico este período, é de que restando apenas 15% da colheita a ser comercializada (500 mil toneladas), não se tem observado aumentos significativos nos preços de lotes e nem de balcão, função da baixa procura por parte do setor moageiro, devido a apertada margem obtida na comercialização de farinhas de trigo. Esta baixa produção de farinha, tem afetado também a oferta de farelo, produto bastante escasso no mercado e altamente valorizado, sobretudo com o avanço dos preços de milho.
Essa diminuição de produção 18%, associada aos preços internacionais apreciados devem minimizar os efeitos de queda nos preços do trigo provocados pela colheita, esta produção ainda garante o Estado do Paraná como maior produtor de trigo nacional.
Fonte: AF News