Da AgRural - O quinto levantamento da AgRural para a safrinha de milho 2011, finalizado na última quarta-feira, praticamente não teve mudança na expectativa de produção no Centro-Sul, de 20,391 milhões de toneladas. Isso não significa, porém, que não houve alterações nos números estaduais.
Na área plantada, a maior diferença foi no Paraná, cuja estimativa passou do 1,62 milhão de hectares de abril para 1,69 milhão. Com isso, o avanço anual agora é de 25%. A área do Centro-Sul é calculada em 5,10 milhões de hectares, ante 5,02 milhões em abril e 4,84 milhões em 2010. Juntando-se os 456 mil hectares previstos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para Norte e Nordeste, a área do Brasil é de 5,55 milhões de hectares, com avanço anual de 5,5%.
A AgRural mexeu também na produtividade, mas para baixo. A média do Centro-Sul é estimada em 66,6 sacas por hectare, abaixo das 67,6 sacas de abril e das 72,6 sacas de 2010. O principal culpado é o plantio tardio, que deixou as lavouras expostas à estiagem nos estágios de definição da produtividade, especialmente no Centro-Oeste. No Paraná também houve problemas com seca, mas o aumento de área do estado deve garantir produção superior à do ano passado e conduzi-lo ao posto de maior produtor de safrinha, à frente de Mato Grosso.
A produtividade de Mato Grosso, aliás, poderá ser ainda menor que as 64 sacas por hectare estimadas devido ao rendimento mais baixo das áreas plantadas depois da janela ideal. Em Goiás, apesar de problemas climáticos pontuais, a estimativa de abril foi mantida. Também não houve alteração em Mato Grosso do Sul, que já estava com previsão de rendimento baixo devido à semeadura tardia.
Juntando os números da agoural para o Centro-Sul com os da Conab para Norte e Nordeste, a produção esperada para o Brasil é de 21,38 milhões de toneladas, 7,6% menos que os 21,93 milhões de 2010. A colheita, ainda no início, chega a 4% no Centro-Sul, contra 1% há duas semanas e 7% em 16 de junho de 2010.
Diário de Cuiabá