A crise da Zona do Euro trouxe uma estupenda desvalorização de todos os ativos financeiros e ativos reais ao redor do mundo.
A des-imobilização dos investimentos em commodities agrícolas, poderá ser superada pela reversão da crise oferecida pela Grécia e da Zona do Euro.
Senão vejamos: na mesma época no ano passado os fundos detinham posições de 197,511 contratos de futuros comprados em Chicago e neste momento detem 110,594 contratos. Em futuros de milho, os fundos detinham 431,415 contratos comprados e atualmente detem 241,663 contratos comprados na Bolsa de Chicago. Portanto, uma redução de quase 50pct em relação ao mesmo período do ano anterior, quando haviam safras e estoques maiores a nível mundial.
A permanencia da crise macro poderá continuar inibindo investimentos e negócios de todos os ativos financeiros, reais e comerciais; reduzindo todas as atividades economicas e diminuindo a arrecadação de base dos impostos e tributos de todos os países no mundo, com fortes prejuizos orçamentários a nível global.
Não seria diferente para os produtores agrícolas que, diante do manifesto enfraquecimento de bancos e instituições financeiras mundiais, resultado do endividamento soberano de muitos países, estão preferindo manter sua poupança de segurança em produto, assim como, todas as crises tiveram o mesmo perfil através da historia dos mercados agrícolas.
De outra forma uma ruptura de solução para a crise da Grécia, resultaria num grande impacto de perdas em todos os países no mundo e, ainda assim, não se estenderia na mesma dimensão para os preços dos produtos agrícolas, assim como aconteceu na 1a. e 2a. guerra mundial e na maior crise do petróleo no inicio dos anos 70, quando os preços dos alimentos decolaram para patamares estupendos.
Portanto em qualquer situação os sintomas são de um forte realce no valor
das commodities agrícolas pela falta de oferta dos produtores já bem capitalizados
pelos altos preços das commodities agrícolas nos últimos 2 anos a nível mundial,
a considerar que todas os prenúncios de grandes crises as populações se
recorrem imediatamente para a formação de estoques de alimentos.
Fonte: Liones Severo