A colheita da safra 2011/12 de soja já está ocorrendo em todo Estado e, de acordo com o recente levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), atingiu 2,6% da área total destinada ao grão estimada em 6,9 milhões de hectares. No entanto, para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Carlos Fávaro, o ritmo ainda está muito lento devido as chuvas. "O volume ainda é baixo, poderia ser maior. Tem áreas que estão prontas, 8 a 10 dias, mas já apresenta avarias", destacou ao Só Notícias.
O resultado da colheita, até o momento, apresenta crescimento de 1,3% ante o mesmo período da safra passada (2010/11), porém, segundo Fávaro, não há o que ser comemorado. "Na safra passada o plantio atrasou bastante, foi começar na segunda quinzena de novembro, por isso tinha menos colhido. Ao contrário desse ano, quase todos plantando na primeira quinzena de novembro", justificou.
A região mais avançada na retirada do grão da lavoura é o Oeste com 7,1% colhido de sua área 936 mil hectares. O Médio-Norte (2,7 milhões de hectares) colheu 2,9% e a região Sudeste (1,5 milhão de hectares) já retirou das lavouras 2,2%. As regiões Nordeste (907 mil hectares), Noroeste (371 mil hectares), Centro-Sul (428 mil hectares) e Norte (86 mil hectares) variam entre 0,5 e 0,6%.
Outro ponto de preocupação destacado por Fávaro está relacionado a doenças que surgem durante esse período chuvoso. "É um período de alerta aos produtores. É difícil dizer em qual lavoura de soja não há ferrugem asiática. Está em praticamente todas, então os produtores tem que correr para fazer mais pulverizações. Não significa que já tem prejuízos, mas se descuidar, certamente perderá", enfatizou. "Tem que dar uma acalmada nessa chuva, que o clima de uma amenizada tanto para colher as áreas prontas como para pulverizar as que estão em fase de maturação", destacou.
Conforme o levantamento do Imea, entre os municípios mais adiantados com a colheita são Sapezal (362 mil ha) com 10,0%; Campos de Júlio (185 mil hectares), com 8% e Tapurah (153 mil ha) com 5,0%. Nova Mutum (350 mil ha) tem 3%% e Lucas do Rio Verde (220 mil ha) 2,5% de suas respectivas áreas colhidas. Em Sinop (118,6 mil ha), está em 2%.
A estimativa é de que a safra deste ano alcance 22,1 milhões de toneladas.