O governo federal tem prazo até 20 de dezembro para a reavaliação do registro de defensivos agrícolas que contenham o princípio ativo midacloprido. O parecer levará em conta estudos técnicos apresentados pelas empresas para justificar o seu uso e apontar seus efeitos. A reavaliação, que está sendo feita por Ibama, Ministério da Agricultura e Anvisa, pode incluir a determinação de novos estudos a campo já que a maioria das empresas limitou-se a reapresentar relatórios e dados, explicou o diretor da diretoria de Qualidade Ambiental do Ibama, Márcio Freitas. Serão submetidos ao mesmo processo o tiametoxam, a clotianidina e o fipronil. Preventivamente, os quatro foram proibidos em julho pelo Ibama, o que gerou questionamentos do Sindag, que congrega empresas de pulverização aérea, e da Confederação Brasileira de Apicultura. As entidades pregam um meio termo e reclamam prejuízo ao setor primário. Dentre os argumentos do Ibama estão os malefícios ambientais, como a exposição da abelhas aos agrotóxicos. Freitas descartou a revogação da medida, mas disse que, eventualmente, pode haver flexibilização para mitigar impactos factuais, como investimentos feitos para a formação da safra. Juntos, os quatro produtos representam menos de 10% do total de inseticidas vendido no país. Segundo o secretário executivo do Mapa, José Carlos Vaz, o assunto está em negociação com o Meio Ambiente.
Correio do Povo