Esse site utiliza cookies para uma melhor navegação. Você permanecendo no site aceita os termos.

Chuvas fortes preocupam produtores de trigo no RS

04/10/2012 08:10
SÃO PAULO (Reuters) - Fortes chuvas registradas nesta semana preocupam produtores de trigo no Rio Grande Sul e poderão reduzir a produtividade do cereal, que está na importante fase de preenchimento dos grãos, disseram técnicos. "Estamos muito preocupados com as culturas de inverno, como o trigo", disse o gerente técnico da Emater, órgão de assistência técnica do governo gaúcho, Dulphe Pinheiro Machado Neto. "Mas não há nada quantificado com relação a isso. Tem que esperar." Segundo a Somar Meteorologia, nos últimos quatro dias, até as 9h (horário de Brasília) desta quarta-feira (03), as chuvas totalizaram 150,6 milímetros na cidade de Santiago, na região central do Estado, cerca de 90 por cento da média para todo o mês de outubro, de 168 milímetros. O município de Santo Augusto, no norte gaúcho, somou 154,2 milímetros de chuva nos últimos quatro dias, sendo que a média de outubro é de 181,7 milímetros. Na próxima semana os técnicos esperam ter avaliação concreta dos prejuízos causados pelo clima, uma vez que a umidade excessiva no estágio de enchimento pode ser prejudicial para a qualidade dos grãos. "A preocupação é de agora em diante. Se continuar chovendo, vai afetar a qualidade, se chover dois, três dias mais. Mas até o momento não dá para dizer", disse José Carlos Libardoni, coordenador técnico da Cooperativa Tritícola de Santo Ângelo (Cotrisa). Em sua estimativa mais recente, divulgada no início de setembro, antes das chuvas, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou uma safra de trigo de 2,65 milhões de toneladas para o Rio Grande do Sul neste ano, um pouco abaixo da colheita de 2011. Em 2012 o Rio Grande do Sul superou o Paraná em área plantada com o grão, segundo o governo federal. Já a safra total de trigo do Brasil foi vista em 5,21 milhões de toneladas, quase 10 por cento abaixo da temporada anterior, com uma forte redução de área nas principais regiões produtoras. Reuters Autor: Patrícia Monteiro