As vendas de fertilizantes no Brasil cresceram 4,4 por cento até outubro, em relação a igual período de 2011, totalizando 24,82 milhões de toneladas, mostraram dados da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda).
Somente em outubro, as vendas aumentaram 6,2 por cento ante o mesmo mês do ano passado, somando 3,6 milhões de toneladas. A Anda informou que o volume registrado em outubro "é o recorde histórico em um único mês".
O maior volume de vendas no acumulado do ano foi registrado em Mato Grosso, com 4,63 milhões de toneladas, um incremento de 13,1 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. São Paulo e Rio Grande do Sul vêm na sequência depois, com 3,323 milhões e 3,02 milhões de toneladas, respectivamente.
As importações de fertilizantes intermediários --usados na mistura para fabricação do produto final entregue ao produtor--atingiram 16,22 milhões de toneladas, queda de 4,4 por cento ante janeiro a outubro de 2011.
Em outubro deste ano, as importações somaram 1,50 milhão de toneladas, ou 23,5 por cento menos ante o mesmo mês de 2011.
O diretor-executivo da Ama-Brasil (Associação Brasileira dos Misturadores), Carlos Eduardo Florence, explica que a retração das importações no mês passado ainda é reflexo das greves dos fiscais da receita federal, cujos desdobramentos se estenderam até outubro.
O Brasil importa pouco mais de 60 por cento da sua demanda anual de produtos à base dos nutrientes nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), posteriormente misturados em fábricas locais para venda ao consumidor final.
O consumo de fertilizantes é estimado neste ano no recorde de 29 milhões de toneladas, diante da expectativa de aumento da área agrícola, por conta dos picos de preços dos grãos entre agosto e setembro. Em 2011, o setor consumiu 28,3 milhões de toneladas.
(Por Patrícia Monteiro)
Reuters