De acordo com a Conab, país vai plantar 7,5% a menos em primeira safra
Mesmo com uma redução de 7,5% na área, a produção da primeira safra de feijão no Brasil deve apresentar um aumento em relação a safra 2011/12, passando 1,23 mil toneladas para 1,3 mil toneladas, conforme o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nessa quinta-feira (6).
Os estados que lideram a produção brasileira são o Paraná (357,2 mil toneladas), Minas Gerais (237,1 mil toneladas), Bahia (140,6 mil toneladas) e São Paulo (140,3 mil toneladas).
Em nível regional, o Sul deve ter o maior volume de feijão na próxima temporada, alcançando 531,6 mil toneladas. Em seguida aparece o Sudeste, com 383,9 mil toneladas. O Nordeste aparece na terceira posição do ranking, podendo alcançar até 215 mil toneladas.
"Na Região Sul, a cultura sofreu uma forte competição por área de soja e de uma forma geral, o plantio foi encerrado no mês de novembro, observando situações em que a colheita já se iniciou. No Paraná a cultura perdeu área para soja e ficou 16,2% abaixo daquela cultivada na safra passada. Apesar disto, a produção deverá se 2,6% maior do que a colhida na frustrada safra 2011/12", consta no relatório.
O rendimento médio das lavouras na temporada 12/13 deve apresentar aumento de 14% em relação a 11/12, passando de 995 kg por hectare para 1.134 kg/hectares. Já a área deve passar de 1,24 milhão de hectares para 1,14 milhão de hectares.
Oferta e demanda
Em seu relatório a estatal cita que a safra 2011/12 foi a menor dos últimos dez anos, ocasionando um quadro de oferta bastante ajustado. O mercado está sendo abastecido com produto dos estoques remanescentes da terceira safra e de uma pequena quantidade importada da Argentina, China e Bolívia.
"A primeira safra da temporada 2012/13 encontra-se em fase de plantio e a expectativa é de que apenas 13% da área semeada no Sul do país deva ser colhida e colocada no mercado, neste mês de dezembro, com concentração nos meses de janeiro e fevereiro", afirma a Conab.
Para a temporada, prevê-se o seguinte cenário, conforme o levantamento: a produção da primeira safra, apurada no levantamento de campo, realizado em novembro pela Conab, mais as previsões para a segunda e terceira safras, totalizarão 3.329,9 mil toneladas, que somadas ao estoque de passagem e às importações projetadas em 220.000 toneladas, propiciarão um suprimento de 3,87 milhões de toneladas, gerando um excedente suficiente para um mês de consumo, o que ficará razoável para a política de abastecimento, pontua o relatório.
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