A produção brasileira de milho de inverno muda a posição internacional do Brasil e amplia o volume do cereal colhido no trio sul-americano da soja. O cultivo avançou nos três países e chega a 105 milhões de toneladas em 2012/13. Houve expansão de 10,7 milhões de toneladas – no Brasil, 4,5 milhões na Argentina e 1,3 milhão no Paraguai, onde as lavouras tinham sido derrubadas pelo sol na safra anterior.
Apesar de a região ainda produzir bem menos que os Estados Unidos, que colheram 274 milhões e esperam produzir 359 milhões de toneladas em 2013/14, ganha vantagem nas exportações de milho. O Brasil ultrapassa em 15% a marca norte-americana de 19 milhões de toneladas embarcadas e, com Argentina e Paraguai, a região oferece 32 milhões de toneladas do cereal ao mercado externo.
A produção de inverno ganhou área e deve manter produtividade média acima da registrada no verão, aponta o agrônomo Robson Mafioletti. As estiagens registradas no último mês provocam perdas, mas não impedem colheita de 5 mil quilos por hectare – pelo menos uma saca por hectare a mais do que na estação quente do ano, quando o rendimento é de altos e baixos.
As exportações brasileiras do cereal estão em queda, mas devem ficar em 15 milhões de toneladas, admite a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com logística menos competitiva que a dos EUA, o país terá de reforçar seus estoques, que devem subir de 5 milhões para 17 milhões de toneladas.
245 milhões de toneladas de soja e milho foram produzidas em 2012/13 no Brasil, Argentina e Paraguai,– quase 39 milhões a mais que no ano anterior e 28 milhões acima da temporada 2010/11, recorde até então.
Gazeta do Povo
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