A lagarta já foi encontrada nas plantações de milheto
Os produtores de Mato Grosso temem que a lagarta helicoverpa armigera provoque prejuízos nas lavouras de soja. A praga já deixou rastros nas lavouras de algodão da Bahia e continua preocupando os agricultores mato-grossenses. A praga, que também pode atingir os cultivos de girassol, feijão e milho, é uma novidade desagradável para os produtores brasileiros, cujo primeiro caso foi registrado no ano passado.
De acordo com o coordenador de defesa vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wanderlei Guerra, a lagarta já foi encontrada nas plantações de milheto, usado para a cobertura do solo. "Com essa incidência, a praga fica no solo durante o período seco a espera das chuvas que ocorre junto com o plantio da soja". Segundo ele, foram encontradas lagartas em todos os locais inspecionados no município de Primavera do Leste,
Outra preocupação, é a forma incorreta de eliminação da praga. "Temos casos que os produtores fizeram até 30 aplicações de inseticidas sem efeito". Conforme Guerra, os produtores devem coletar as lagartas para verificar se fazem parte da espécie helicoverpa armigera. A identificação é somente feita na fase adulta da praga. Com a constatação da lagarta, os produtores são autorizados a importar produtos que tenham como ingrediente ativo único a substância Benzoato de Emamectina. O inseticida foi liberado pelo Mapa em abril deste ano.
Agrodebate..
Autor: Vivian Lessa