Segundo dados do Cepea, as cotações domésticas de trigo em grão iniciaram o ano passado em alta, mesmo com a maior oferta na safra 2018/19 no Brasil e na Argentina. O que chamou a atenção foi o intenso ritmo das importações, que se mantiveram acima de 600 mil toneladas a cada mês, contexto verificado apesar do patamar elevado do dólar. De abril até o final do primeiro semestre, os valores do trigo caíram no mercado brasileiro, refletindo a baixa liquidez interna. Ainda assim, as importações do grão se mantiveram firmes naqueles meses. No balanço da safra 2018/19 (de agosto/18 a julho/19), o volume importado somou 6,75 milhões de toneladas, elevação de 5,7% sobre a temporada anterior (de agosto/17 a julho/18), segundo dados da Secex. No segundo semestre, as cotações do cereal estiveram firmes, sustentadas pelo clima desfavorável, que prejudicou boa parte das lavouras do Paraná e Rio Grande do Sul.