A venda da safra de milho mato-grossense está atrasada 33,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Um levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que 44,1% dos pouco mais de 21,9 milhões colhidos ainda não foram comercializados. No último ciclo este número chegava a 89,5%.
A região mais adiantada é a Médio-Norte com 58,8% (das 11,3 milhões de toneladas) e que menos vendeu é o Norte com 37,3% (das 269,3 mil toneladas). No Nordeste foram 57,6% ( das 1,4 milhão de toneladas), no Centro-Sul 54,2% (das 1,2 milhão de toneladas), Sudeste 53,4% (das 4,4 milhões de toneladas), Oeste 52,7% ( das 2,4 milhões de toneladas) e Noroeste 44,2% (das 776,8 mil toneladas).
No boletim de acompanhamento do grão, divulgado esta semana, o Imea apontou que apenas 31% das pouco mais de 11 milhões de toneladas de milho projetadas na região Centro-Norte, que responde por 28,8% da produção estadual foram comercializadas por meio do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro). Esta é a área dividida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que mais sofre com falta de armazenagem. Nela estão municípios como Lucas do Rio Verde e Sorriso.
Diante desse cenário segundo o Imea,"como as atuais cotações de R$ 7,58/sc na região desestimulam as vendas pelos produtores, seriam necessários volumes maiores de Pepro para aliviar os gargalos e estimular as vendas para desafogar a oferta da região. Apesar de os volumes negociados nos leilões terem sido insuficientes para garantir uma reação nos preços, o Pepro tem servido como válvula de escape para minimizar os efeitos dos gargalos".
Em uma amplitude estadual, o Imea destacou que por meio dos leilões foram comercializadas 6,25 milhões de toneladas de milho até o momento para Mato Grosso, cerca de 29% da produção total.
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