Projetos em andamento na área de infraestrutura de transporte e logística desenvolvidos nas regiões Centro-Oeste e Norte do país serão capazes nos próximos anos de retirar cerca de 60 milhões de toneladas de cargas dos portos do Sul e do Sudeste.
A projeção é do coordenador do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, e é feita com base na análise do andamento dos projetos em andamento. Edeon lembra que em abril do próximo ano já inicia a operação do terminal de grãos do Maranhão, que terá quatro operadores para escoar cinco milhões de toneladas pelo porto de Itaqui.
O coordenador destaca a licitação para a construção da BR 080, que será feita entre dezembro e janeiro. A rodovia ligará Ribeirão Cascalheira e Luis Alves e permitirá conexão com a ferrovia em Porangatu ou Alvorada do Tocantins, que se interliga à ferrovia Norte e Sul num primeiro momento e ao porto de Vila do Conde, posteriormente.
"Estão abrindo opções, consolidando aquilo que nós vínhamos trabalhando para que isso venha a acontecer. Estamos abrindo este leque de possibilidades, tirando ideias e bandeiras que estavam no papel e consolidando planos. Nós vamos ter nos próximos quatro anos condições de começar a tirar carga do sul e sudeste", afirma.
Integrado por entidades do setor produtivo e de infraestrutura, o Movimento Pró-Logística aposta no chamado arco norte, formado por portos e hidrovias da região Norte, para que haja soluções ao escoamento da produção do Centro-Oeste com previsão de aumento no volume de cargas transportadas.
Os portos de Itaquatiara, Santana, Santarém, Vila do Conde, Outeiro e Itaqui são portos para navio. Barcaças são carregadas em portos menores, como os de Porto Velho, Miritituba e Marabá, que vão alimentar os de maior porte.
"E esses são projetos que estão em andamento. Não é sonho. Alguns estão em implantação, outros em análise, outros aguardando licença ambiental, mas todos eles são coisas efetivas. Com estes terminais teremos uma capacidade em navios até 2020 de transportar por volta de 60 milhões de toneladas. Aí a gente começa a tirar carga do Sul e começar a levar pelo Norte", projeta.
AgroOlhar
Autor: De Brasília – Vinícius Tavares