O plantio é dado por encerrado nas lavouras de verão do Oeste e do Noroeste do Paraná, sem atrasos e com clima favorável à soja e ao milho até o momento. Os produtores apostaram na oleaginosa e relatam que a chuva chegou uma semana mais tarde, adiando o início da semeadura, mas que foi possível concluir a tarefa rapidamente. Soja de 40 dias e milho de 2 meses são os mais adiantados. Nas terras semeadas mais recentemente, as sementes começam emergir.
Nos 28 municípios próximos de Cascavel, a soja teve área ampliada em 5,5%, conta o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) Jovelino Pertille, que acompanhou a Expedição Safra no município. Com 20 mil hectares a mais, a oleaginosa soma 520 mil hectares e tende a render 1,8 milhão de toneladas. "O milho caiu de 52 mil para 30 mil hectares. Virou praticamente só soja."
Para o milho voltar a valer a pena, seria necessária uma cotação de cerca de R$ 25 por saca, avalia o produtor Jurandir Tomazi, de Cascavel. "Mas isso quebraria a avicultura", aponta. Em sua avaliação, o problema são os custos cada vez maiores. A cotação local está R$ 7,5 abaixo de sua expectativa.
Contraste
No Centro-Sul do Paraná — a 200 quilômetros da região que passou a se dedicar ao controle de pragas e torce por clima favorável até a colheita — ainda há muito trabalho a fazer. Em Guarapuava, boa parte dos produtores precisa colher o trigo para abrir espaço para a soja.
Com boas perspectivas para a oleaginosa no verão, o produtor Antônio Hertz conta chuvas em excesso prejudicariam o cereal, que escapou de danos expressivos após enfrentar neve e geada em julho e agosto. Ele produz trigo para semente e a qualidade representa até 15% de adicional.
Gazeta do Povo