Tocantins, Maranhão e Piauí estão novamente expandindo o plantio de soja neste verão. A nova fronteira agrícola do Brasil — visitada nesta semana pela Expedição Safra Gazeta do Povo — dedica perto de 1,7 milhão de hectares à oleaginosa (sem contar a Bahia). Trata-se da maior área já destinada à soja na região, que começou a expandir a agricultura de escala três décadas atrás.
Segundo os produtores e especialistas entrevistados por técnicos e jornalistas da Expedição, o Tocantins abre mais áreas que seus vizinhos, porque no ano passado sofreu menos os efeitos das estiagens e está mais capitalizado. No entanto, o Maranhão segue na liderança e o Piauí continua dispondo das maiores áreas contínuas para novos investidores.
O plantio chegou à metade no Tocantins, a dois terços no Maranhão e a um terço no Piauí, que está recebendo menos chuvas. Os produtores piauienses, no entanto, esperam precipitações nos próximos dias e colocam as máquinas em campo.
No Maranhão, a sementeira Cajueiro está acelerando as entregas. Os produtores da nova fronteira preferem retirar as encomendas às vésperas do plantio, para que as sementes fiquem em ambiente climatizado e preservem o potencial de germinação pelo maior tempo possível.
A previsão é que o plantio seja encerrado em toda a região dentro do prazo indicado pelos técnicos, ou seja, em três semanas.
A Expedição Safra acaba de chegar ao Piauí, onde deve percorrer fazendas de regiões que no ano passado sofreram com secas severas só registradas em 2001/02. Até sábado, o roteiro segue pela Bahia, líder na produção de grãos e algodão, com 2 milhões de hectares cultivados, incluindo algodão.
Acompanhe a viagem pelo site www.expedicaosafra.com.br e saiba mais detalhes sobre o plantio de soja e milho na nova fronteira agrícola brasileira na edição da próxima terça do caderno Agronegócio, da Gazeta do Povo.
Gazeta do Povo
Autor: José Rocher