Ao contrário das expectativas, trabalhos invadiram a primeira semana de dezembro e findam em meio às lagartas e à ferrugem
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) confirmou na sexta-feira (6) o fim o plantio da soja, safra 2013/14, em Mato Grosso. Conforme o levantamento, os sojicultores concluíram a semeadura dos 8,30 milhões de hectares estimados, volume que não apenas passa a ser o maior já registrado como também supera em quase 5% o recorde anterior.
Antes do fim do plantio, a safra já somava quatro casos confirmados de ferrugem asiática, três em lavouras comerciais, sendo o último registrado na sexta-feira (6) pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), em Alto Garças, todos em plantas em estádio de granação, no chamado R5. Além da presença da doença fúngica, sojicultores estão desde o início da safra travando uma verdadeira guerra contra a lagarta Helicoverpa armigera, praga de grande poder de destruição sobre as lavouras e que segue impondo prejuízos e já ataca as vagens recém-formadas, ou seja, o fruto.
A semeadura que começou no dia 15 de setembro seguiu até meados de outubro atrasada em relação ao ritmo de 2012, mas em apenas duas semanas daquele mês, com a ajuda do clima e do parque de máquinas de alta tecnologia existente no Estado, teve 45% da área cultivada em ritmo inédito e por isso, a previsão passou a ser de onze semanas de trabalhos, o que deveria ter sido concluído no final de novembro, intervalo idêntico ao do ano passado. Mas com área ainda a plantar no leste estadual, o plantio rompeu dezembro e somente nesta semana foi finalizado.
Apesar de uma ou outra irregularidade climática em pontos distintos do Estado nas últimas doze semanas, a nova safra transcorreu de forma tranqüila sob o ponto de vista climático e os primeiros hectares deverão estar em ponto de colheita já no início de janeiro de 2014. Cerca de 25,66 milhões de toneladas estão estimadas, o que será recorde.
Diário de Cuiabá
Autor: MARIANNA PERES