As chuvas dos últimos dias estão contribuindo para o aparecimento da ferrugem asiática nas lavouras de soja de Mato Grosso. O Estado é o principal produtor brasileiro da cultura e até o início desta semana havia confirmado seis focos da doença, listados no Consórcio Antiferrugem, da Embrapa.
A última ocorrência foi constatada no município de Campo Verde, região sudeste do estado, no estádio R4 da soja, ou a chamada frutificação plena, quando a maioria das vagens no terço superior da haste principal tem comprimento entre 2 a 4 centímetros. O consórcio aponta ser este foco presente em planta de soja não comercial.
Monitoramento das lavouras ainda é a melhor maneira de acompanhar a evolução da doença no campo, alertam os especialistas. "Todos precisam estar atentos, monitorando suas lavouras, em especial de agora em diante, quando começam a ser colhidas as primeiras lavouras de soja super precoce e precoce”, afirma Wanderlei Dias Guerra, coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Mato Grosso.
Conforme Guerra, são destas áreas que os esporos tendem a se disseminar para as demais regiões onde estão as plantas de soja mais longo. A primeira incidência da ferrugem asiática no estado foi confirmada em amostras coletadas no município de Alto Araguaia, que faz divisa com Goiás.
No país o número de focos da doença chegou a 68 também até o início dessa semana. Goiás lidera a relação com 36 registros, seguida por São Paulo, com outros 18. A ferrugem asiática também foi confirmada nos estados de Minas Gerais (1) e Paraná (7 focos).