A seca de três semanas que provocou perdas na produção de soja no Oeste do Paraná também foi enfrentada na Região dos Campos Gerais, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo, em viagem pelo estado com equipe de cinco técnicos e jornalistas.
As lavouras, no entanto, estavam menos adiantadas (em florescimento, e não no enchimento de grãos) e mostram poder de recuperação. Se o clima continuar regular como o de janeiro, a tendência é que a produção seja melhor que a do ano passado, relata o agrônomo André Líder, da Coopagrícola, que monitora diretamente 5 mil hectares de plantações concentrados em Ponta Grossa. “Houve impacto, mas as lavouras estão bem mais bonitas que as de 2013, se dúvida”, afirmou.
Na região da cooperativa Batavo, centrada em Carambeí, Ponta Grossa, Castro e Tibagi, o impacto das estiagens acaba de ser avaliado.
O gerente-geral da empresa, Antônio Carlos Campos, afirma que não deve haver uma safra recorde em função do clima mais seco. Por outro lado, considera que o índice de produtividade média — que bate em 3,8 mil quilos de soja ou 10,3 mil quilos de milho por hectare entre os associados da cooperativa — será definido justamente pelas lavouras que atravessaram três semanas sem água.
A equipe da Expedição que passou pelos Campos Gerais vai percorrer todo o Paraná e a região que mais produz soja e milho em São Paulo, de Paranapanema a Cândido Mota. O grupo reúne três agrônomos (Diego de Souza, da Federação da Agricultura do Paraná, além de Carlos Hugo Godinho e Ricardo Kaspreski, da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento) e encerrará o roteiro de 2,3 mil quilômetros no próximo dia 5, no Show Rural Coopavel, em Cascavel.