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Queda na produção de feijão chegou a 90% em Minas Gerais

26/03/2014 08:31

 

A estiagem e as altas temperaturas impactaram fortemente na produção de grãos, uma das mais afetadas foi a cultura do feijão. De acordo com os dados da Emater, a previsão era colher 159,4 mil toneladas do grão, mas a queda na produção chegou a 90% ou de 143,5 mil toneladas. A colheita de apenas 15,1 mil toneladas causou prejuízos de R$ 215,2 milhões para os produtores de feijão.

As lavouras de milho também foram muito atingidas. Do total da área destinada à produção de grãos no Norte, mais de 120 mil hectares eram ocupados com a cultura do milho, produto de fundamental importância tanto para alimentação humana como dos animais. Com a estiagem, a área do cereal foi reduzida para 99,7 mil hectares na safra 2013/14, com previsão inicial de produzir 249,2 mil toneladas. Porém, com a estiagem os produtores perderam 199,4 mil toneladas ou 80% do volume plantado. O prejuízo foi calculado em R$ 109 milhões.

Na região, o comprometimento das lavouras de algodão chegou a 70%. Da estimativa de colher 5,2 mil toneladas em 1,9 mil hectares, foram produzidas apenas 1,5 mil toneladas. Perda de R$ 6,3 milhões.

Já na produção de soja há prejuízo de R$ 23,19 milhões, com a queda de 70% no volume a ser colhido, que era estimado em 36,8 mil toneladas. Situação parecida foi verificada no arroz, cuja produção ficou 90% inferior a projetada, que era de 20,1 mil toneladas. O valor da perda ficou em R$ 11,6 milhões.

Pecuária - Segundo Oliveira, em relação à produção de bovinos, base da economia da maioria dos municípios do Norte de Minas, a situação ainda é mais crítica. Isso pelo rebanho que era estimado em 3,3 milhões de cabeças em 2011 ter sido reduzido para 2,6 milhões em 2014. A queda, 26,9%, foi causada pela morte de animais ao longo dos últimos anos e pela vendas de bovinos para outras regiões em função da falta de pastagens para alimentação do rebanho. Na região, a capacidade de suporte das pastagens foi reduzida em mais de 60% não sendo suficiente para comportar o rebanho remanescente.

A produção de leite, que em épocas de clima favorável para o período somava 600 mil litros ao dia, foi reduzida a menos de 300 mil litros em função da falta de alimentos para o rebanho, observando que a produção de carne também está prejudicada pela baixa capacidade de suporte das pastagens, o que estimulou a venda de garrotes e matrizes para outras regiões.