Os produtores de grãos norte-americanos aceleraram o plantio, recuperaram o atraso que havia no milho e passaram da média na soja, mostrou relatório divulgado na tarde desta terça-feira (27) pelo Departamento de Agricultura do país (Usda). O documento, que normalmente sai às segundas-feira, foi divulgado um dia depois do feriado em homenagem aos militares mortos em combate, o Memorial Day.
O plantio do milho, que em 18 de maio estava em 73%, avançou para 88%, exatamente a média dos últimos cinco anos. A janela agroclimática ideal de plantio terminou uma semana atrás e ainda faltam pelo menos 5 milhões de hectares (de 37 milhões) a serem semeados.
O plantio da soja ganhou ritmo e ultrapassou a média 2009-2013 em três pontos, chegando a 59%. Ainda há duas semanas e meia de janela para semear os outros 41%, que corresponde a 13,5 milhões de um total de 42,9 milhões de hectares.
O frio que persiste mais tempo que o esperado nos estados que formam o arco norte do Corn Belt é a principal causa dos atrasos. Em Minesseta, por exemplo, o plantio da soja deveria estar em 67% mas segue em 49%. Em Dakota do Norte, a diferença é de 43% para 37%. No maior produtor, Iowa, a semeadura está até mais adiantada do que mostra a média do país. Considerando os últimos cinco anos, estaria em 75%, mas alcança 80%, conforme o Usda.
Clima
Para os próximos dias, a previsão indica que haverá pancadas de chuvas sobre os principais estados produtores de soja e milho dos Estados Unidos.
Em Iowa, Illinois, Indiana e Ohio o volume deve ficar entre 20 milímetros e 30 milímetros. Já os estados mais ao norte, como Dakota do Sul, Dakota do Norte e Minnesota, devem receber chuvas mais pesadas. Em algumas áreas, a tendência é que chova mais de 200 milímetros no acumulado até a próxima quarta-feira (4 de junho).
Os investidores consideram que a semana será favorável tanto aos trabalhos de plantio como desenvolvimento das lavouras de grãos do país. Os contratos futuros de soja, milho e trigo fecharam em forte baixa no pregão da Bolsa de Chicago desta terça-feira. O principal vencimento da oleaginosa, o julho/14, terminou o dia abaixo dos US$ 15 por bushel e desvalorização de -1,7% em relação ao fechamento do dia anterior.
Confira como fecharam as cotações em Chicago no pregão desta terça.
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