A viabilização de crédito pelo Plano Agrícola e Pecuário (PAP) tem sido um dos focos do governo federal, especialmente nos programas que visem à inovação tecnológica no campo. Foi o que afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, durante o 1º Seminário sobre Avicultura no Estado de Rondônia, que ocorreu neste sábado (21) em Espigão do Oeste (RO).
“O estado de Rondônia tem um potencial enorme e é preciso trazer as políticas que são implementadas no país afora. Sabemos das dificuldades dos produtores que estão iniciando no ramo, especialmente em obter a aprovação de limite de crédito, por isso estamos constantemente tratando sobre o tema com as instituições financeiras”, disse o ministro.
No PAP 2013/14, que teve liberação de R$ 128 bilhões em financiamentos entre julho de 2013 e abril deste ano, uma das prioridades têm sido os empréstimos para investimento, com o intuito de aperfeiçoar o processo produtivo. “Precisamos trazer essas linhas de crédito para municípios que tem na sua essência a vocação de produzir, para que possamos dar o empurrão necessário aos produtores e dar suporte à agroindústria. Isso não é importante para o empresário. É importante para o município, para o estado e, principalmente, para o Brasil”, destacou.
Geller ainda ressaltou a importância da parceria entre o governo federal e os produtores para o desenvolvimento rural brasileiro nos últimos 12 anos. No período, a produção agrícola, por exemplo, passou de 96 milhões de toneladas de grãos na safra 2001/02 para mais de 194 milhões de toneladas na temporada atual.
Inovação tecnológica
O programa Inovagro está entre as principais linhas de financiamento do PAP, especialmente no fomento à inovação tecnológica nas propriedades. Para a safra 2014/15, foram aperfeiçoadas as condições de financiamento à avicultura, suinocultura, agricultura de precisão, hortigranjeiros (cultivos protegidos por tela de proteção contra granizo, estufas, etc) e pecuária de leite. Ao todo, estão programados R$ 1,7 bilhão em recursos (alta de 70% sobre a temporada 2013/14). O limite por beneficiário é de R$ 1 milhão para ser pago em até 10 anos, sendo três de carência.